PENSAMENTO
E
INTRODUÇÃO
TEATRAL
Pensamento: o que é o Teatro?
Do primitivo instinto de ser o outro, da necessidade do disfarce e do jogo lúdico, vontade do homem de
ver-se a si mesmo reproduzido ao ritual religioso ou profano, da magia e da mais primária imitação da natureza, assim, o espetáculo ganhou dimensão própria. Definiu seu campo de ação, respondeu as exigências dos homens até enquanto veículo de comunicação e informação.O teatro, situou-se e participou da vida das sociedades.Integrou-se a religião, a política, ao vazio niilista ou ao apocalipse anárquico. Acabou transfomando-se, sobretudo hoje. em campo experimental menos ou mais comprometido com o esforço coletivo coletivo do homem.
O TERMO
O termo teatro surgiu na Grécia; porém em língua portuguesa veio do latim theatrum, que por sua vez originou-se do grego théatron, derivado do verbo ver = theaomai, ou seja, théa = vista visão (no sentido de panorama) + o sufixo [-tron] = instrumento, donde, "lugar onde se vê".
O vocábulo teatro apresenta as seguintes acepções:
a) Local onde se realizam os espetáculos.
b) Os próprios espetáculos.
c) O conjunto de textos, produzidos por um autor e a interpretação.
Essas três acepções, somadas, levam-nos a ideia de que o teatro é a arte do espetáculo. Contudo, nem todo o espetáculo é teatro. Para que seja teatro são imperativos a pré-existência do texto e a representação sobre um palco. Sob essas características, texto e ação, o teatro adquire seu verdadeiro significado.
A ORIGEM
É difícil precisar quando surgiram as primeiras manifestações cênicas; entretanto, crê-se ter surgido entre os povos primitivos como parte de rituais, pois as sociedades primitivas realizavam rituais e práticas religiosas que continham elementos teatrais como a dança e as representações cênicas, destinadas a acalmar ou agradar os deuses e deles obter favorecimentos para a sobrevivência (fertilidade da terra, sucesso nas batalhas, etc.). Não raro, os personagens destas danças usavam máscaras que representavam seus deuses. De modo que podemos considerar o teatro como uma das mais antigas formas de arte.
A informação que temos vem das pinturas em cavernas e da decoração em artefatos. As informações mais completas e detalhadas que chegaram até nós, referem-se às encenações teatrais da Antiguidade Grega.
Os gregos podem ter acreditado que foram eles os inventores do teatro, mas de acordo com os registros deixados pelo povo egípcio, eles precederam os gregos nas apresentações públicas. Os documentos revelam que os egípcios tinham, nas encenações, uma das expressões de sua cultura. Essas representações tiveram origem religiosa, cuja finalidade era exaltar as principais divindades da mitologia egípcia, principalmente, Hórus, Osíris e Ísis.
A história do deus Osíris, um drama mitológico, representado anualmente nos festivais, é a peça mais antiga que se conhece (escrita em 3200 a.C.). Relata a história do assassinato do deus Osíris por seu irmão Seth. O texto dessa peça, escrito num papiro, foi descoberto por arqueólogos em Luxor, no ano de 1895. Ele contém, entre outras coisas, as ilustrações das cenas, as palavras ditas pelos atores que representam a história e comentários explicativos. A morte de Hórus também era um dos temas centrais do teatro egípcio. E foi do Egito que elas passaram para a Grécia, onde o teatro desenvolveu-se admiravelmente, graças à genialidade dos dramaturgos gregos.
No continente asiático o teatro também já existia, embora, com outras características, que ainda hoje o singularizam. Na china, por exemplo, há referências de espetáculos teatrais - que envolviam música, palhaços e acrobacias - desde 2205 (um pouco depois do egípcio) e que se prolongou até 1766 antes da era cristã, durante a Dinastia Hsia. O que, cronologicamente, dá aos chineses o segundo lugar na hierarquia teatral.
A Índia começou a desenvolver seu teatro cinco séculos antes da era cristã. Os poemas Ramayana e Mahabharata podem ser considerados as primeiras peças originadas na Índia. Esses épicos forneceram a inspiração para os primeiros dramaturgos indianos, como Bhasa no (século II aC.). Portanto, o teatro egípcio, o chinês e o indiano, surgiram muito antes do teatro grego.
O Japão e a Coréia, mesmo sem contatos com o mundo ocidental, desenvolveram, formas próprias de teatro. No Japão, o sacerdote Kwanamy Kiyotsugu, que viveu entre os anos de 1333 e 1384 da era cristã (Idade Média), foi o primeiro dramaturgo japonês. O seu teatro era de extrema perfeição técnica. Tinha entre suas principais manifestações, a dramaturgia Nô, surgida do ensino do budismo Zen e dotada de grande complexidade psicológica e simbólica, e o Kabuki, mais popular, embora igualmente importante.
Verificando-se que as representações, nestas nações assumiram cunho inteiramente diverso do grego, não é sem razão afirmarmos que, somente para o mundo ocidental, a Grécia é considerada o berço do teatro.
Ballet
O ballet é a dança mais complexa que existe. Seus movimentos que não se limitam somente ao chão, explora também o ar em saltos surpreendentemente belos. O preparo necessário para a execução de cada movimento, a graciosidade dos bailarinos misturados à força é o que dá toda a grandeza dessa arte doce e forte.
A História do Ballet
As origens do balé surgiram em celebrações públicas italianas e francesas nos séculos XV, XVI e XVII. Na Itália a impulsiva representação dramática resultou no balleto, --- de ballo ("dança" ) e ballare ("dançar" ) --- enormes espetáculos durando horas (e até mesmo dias) e utilizando dança, poemas recitados, canções e efeitos cênicos, todos organizados em torno de um enredo principal e com homens e garotos ricamente trajados no lugar da corte encenando os principais papéis. Os espetáculos eram apresentados em grandes salões ou em quadras de tênis (Teatros modernos não eram construídos antes do séc. XVI). A audiência para estas apresentações era composta principalmente por pessoas da corte, que contratavam dançarinos de alto escalão para ensinar aos amadores. Em 1460, Domenico da Piacenza escreveu um de seus primeiros manuais de dança.
Ballet Romântico
O Ballet Romântico é um dos mais antigos e que se consolidaram mais cedo na história do Ballet. Esse tipo de dança atraiu muitas pessoas na época devido o Movimento Romântico Literário que ocorria na Europa na primeira metade do século XIV, já que se adequava à realidade da época, pois antes as pessoas diziam que não gostavam de Ballet porque não mostrava nada do real. Os ballets que seguem a linha do Romântico pregam a magia, a delicadeza de movimentos, onde a moça protagonista é sempre frágil, delicada e apaixonada. Nesses Ballets se usam os chamados tutus românticos, saias mais longas que o tutu prato. Estas saias de tule com adornos são geralmente floridas, lembrando moças do campo. Como exemplos de Ballets Românticos podemos citar 'Giselle', 'La Fille Mal Gardèe' e 'La Sylphides'.
Ballet Clássico
O Ballet Clássico, ou Dança Clássica, surgiu numa época de intrigas entre os Ballets Russo e Italiano, que disputavam o título de melhor técnica do mundo. Sua principal função era espremer ao máximo a habilidade técnica dos bailarinos e bailarinas e o virtuosismo que os passos de ballet poderiam mostrar e encantar toda a plateia. Um exemplo deste virtuosismo são os 32 fouettés da bailarina Pierina Legnani em 'O Lago dos Cisnes', ato que fazia milhares de pessoas ficarem de boca aberta. Esses Ballets também se preocupavam em contar histórias que se transformaram basicamente em contos de fadas. Nestes Ballets procura-se sempre incorporar sequências complicadas de passos, giros e movimentos que se adaptem com a história e façam um conjunto perfeito. No Ballet Clássico a roupa mais comumente usada eram os tutus pratos, aquelas sainhas finas de tule, marca característica da bailarina, pois permitiam que as pernas da bailarina fossem vistas e assim ficasse mais fácil verificar se os passos estavam sendo executados corretamente. Como exemplos de Ballets Clássicos temos o já citado 'O Lago dos Cisnes' e 'A Bela Adormecida'.
Ballet Contemporâneo
O Ballet Contemporâneo, mais conhecido por Ballet Moderno, foi criado no início do século e ainda preserva o uso das pontas e gestuais ainda muito próximos do Ballet Clássico. Neste estilo de dança a coreografias começam a ter ideologias diferentes. Não há mais uma história que segue uma sequência de fatos lógicos, mas sim muitos passos do ballet clássico misturados com sentimentos. As roupas usadas no Ballet Contemporâneo são geralmente colants e malhas, como em uma aula normal, para dar maior liberdade de movimento aos dançarinos. É o estilo que vem antes da dança moderna, que esquecerá os passos clássicos, dando ênfase somente aos movimentos corporais. Seu principal difusor foi George Balanchine, em Nova York, com belíssimas coreografias como Serenade, Agon e Apollo.